domingo, 27 de fevereiro de 2011

Domingo à Beira Tejo


foto de J. Bastos Baptista


Do primeiro andar do pub,
Vejo o Tejo em seu esplendor.
Enfunadas vão as velas.
Abençoa o Redentor.


O Sol 'stá a bronzear
Quem petisca na varanda.
E o comboio além na ponte,
Sua marcha, não abranda.


Passeia-se à borda d'água
Entre carros de bebé
E fogosas bicicletas.
As famílias vão a pé.


Debaixo da ponte pênsil,
Escuta-se a vibração
Da metálica estrutura,
Das margens, a ligação.


A tarde vai a cair
Na precoce Primavera.
As pessoas 'stão saudosas,
Parece longa a espera.


Suave, larga, ondulada,
A água do Tejo brilha.
Eu vou recordar-te assim,
Ó meu Deus, que maravilha!


E ao afastar-me do rio,
Inundando o ambiente,
Deixo uma luz preciosa
Do lado do Sol poente.

Maria da Fonseca

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