A rolar entre pomares
Na quente Cova da Beira
Estávamos curiosos
Para ver a Cerejeira.
Encontrámo-la feliz,
Carregada de cerejas,
As folhas verdes dos ramos
Resguardando-as, benfazejas.
De seus pezinhos suspensas
Eram uma tentação,
Vermelhas e madurinhas,
Milagre da Criação!
Não pudemos resistir
A colhê-las, que pecado,
Do ramo encantador
Sobre o muro debruçado.
Lindas e doces cerejas
Saboreámos, meu Deus!
Logo pensámos trazê-las,
Mas nossas não eram, céus!
Presto saímos dali,
O Sol a pino escaldava,
E o impulso de as roubar
Mais ainda nos queimava.
E se as quisemos trazer
Tivemos que as comprar,
As cerejas da Gardunha
Gostosas ao regressar!
Maria da Fonseca
Um blog muito agradável. Gostei do que vi.
ResponderEliminarLindas poesias, fotos maravilhosas.
Parabéns e muitas felicidades para o futuro e
apresentação de seus trabalhos.
Abraço poético
Joaquim Marques