segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Folhas de Outono





'Stá o outono agreste
Neste sábado sem Sol,
Mais um beijo até me deste
Pois não canta o rouxinol.


Agora não chove, amor,
Mas libertas pelo vento
Andam as folhas no ar,
Balançando a contento.


'Inda têm folha as árvores
Apesar da já caída,
E nem toda ela é verde
Mas de cor indefinida.


O matizado ressalta
No entrelaçar dos ramos.
Bem próximo 'stá o dia,
Só as perenes cantamos.


O outono é mesmo assim
Com chuva e golpes de ar,
Árvores perdendo a folha,
Os dias a minguar.


Espero que o tempo passe,
E nós os dois de mãos dadas
Olhemos na primavera
Folhas novas, renovadas.

Maria da Fonseca


2 comentários:

  1. Olá, Maria da Fonseca!

    Está bonito este poema dedicado a um Outono que nestes últimos dias o tem merecido pouco. Apesar de ser uma das minhas estações favoritas,só é pena que seja ele o precursor do Inverno...

    Abraço amigo.

    Vitor

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  2. Gostei muito e, sobretudo , da esperança na Primavera!!

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