Ainda o céu estava claro
Já brilhava a lua cheia,
A surgir detrás do prédio,
Grande, rotunda, amei-a!
A seguir foi-se elevando
Enquanto o céu 'scurecia,
Eu quieta a admirava,
O balão me confundia.
Agora, mais tarde é,
Ela branca, enluarada,
Suspensa do negro céu,
Lumina a folha pousada.
Assim eu dispenso a luz
Enquanto o poema escrevo.
Recordo o dia afastado
Que foi todo o meu enlevo.
Os astronautas pisaram
O seu solo planetário.
Belo feito realizado,
Hábil, extraordinário!
Ó lua cheia de Agosto,
Inspiração e magia,
Perdurará para sempre
Como musa da poesia!
Maria da Fonseca
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