Está um inverno atroz,
Sopra o vento de rajada,
Invade o mar cada foz
E a chuva é desordenada.
Sucedem-se as tempestades,
Já de longe nomeadas,
Com quanta despiedade
Nossas terras maltratadas!
As ondas fortes, imensas,
Varrem todo o litoral,
A destruírem, propensas,
As costas de Portugal.
Chuvas e ventos adversos
Destelham casas modestas,
Os campos ficam submersos,
Árvores caem funestas.
Há neve nas nossas serras,
Caminhos interrompidos,
Percalços em várias terras,
Tementes, os desvalidos.
Triste tem sido a invernia,
Célere seja a espera
P'la beleza e calmaria,
Co'a vinda da primavera.
Maria da Fonseca
Poema brilhante! De grande expressividade e valor visual! Beijinhos, Ilona
ResponderEliminarOlá, Maria da Fonseca!
ResponderEliminarDizem alguns mais "entendidos"
Que estamos a colher o que semeámos
Oxalá que tal não passe de engano
Mesmo que sejamos culpados...
Lindo poema, muito bem construído, relato duma triste realidade.
Abraço amigo e bom fim de semana.
Vitor
Como é seu timbre consegue transpor em poema o que a envolve
ResponderEliminar(o que nos envolve).
Bj.
Irene Alves