O Sol brilha finalmente
Neste outono alterado.
E a nortada de repente
Sopra forte do seu lado.
As árvores sacudidas
Soltam as últimas folhas
Que caem, aves feridas,
Sobre as primeiras escolhas.
Piso um tapete espesso
De várias e incertas cores.
E enquanto ando, arrefeço.
É o vento e seus favores.
O casaco, eu aconchego,
Meu cabelo em desalinho,
No ar só desassossego,
Mas eu sigo o meu caminho.
O inverno a bater à porta.
As arves quase despidas,
O frio não se suporta,
Nem as chuvas repetidas.
Só me conforta a ideia
De que Jesus vai nascer.
Nossa casa vai estar cheia
E a Sua Luz, a aquecer!
Maria da Fonseca