(1907 - 1995)
Regresso às fragas de onde me
roubaram.
Ah! Minha serra, minha dura
infância!
Como os rijos carvalhos me
acenaram,
Mal eu surgi, cansado, na
distância!
Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro
esfarelou.
Depois o céu abriu-se num
sorriso,
E eu deitei-me no colo dos
penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga
Miguel Torga merece ser sempre lembrado.
ResponderEliminarQue falta fazem homens como ele.
Bj.
Irene Alves
Olá, Maria da Fonseca!
ResponderEliminarHomem que nunca renegou as suas origens e sempre com os pés bem assentes na terra.Aqui, feliz por a ela ter retornado,ainda que só por breves momentos...
Bom Domingo e uma abraço
Vitor