Eu sei que aí estás, meu mar
Apesar de eu não te ver.
Sinto o relento da noite
E o aroma do refecer.
Tantas luzinhas ao longe
Das traineiras acordadas,
Como as estrelas do céu,
Brilham puras, sossegadas.
A demarcar o Arade
Os três faróis que embelezam.
Ora o verde, ora o vermelho,
Ora o prata se revezam.
E do meu ponto de mira
Segue a faina, noite fora.
Há quantos anos me intriga
A hora a que vão embora!
E meu mar perde as estrelas,
Mas no céu ainda brilham.
Sei que aí continuas.
Teus feitiços maravilham!
Maria da Fonseca
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