quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A Gatinha Preta


Já de manhã aí 'stavas
Neste inverno radioso,
Gatinha preta 'speravas,
Junto ao arbusto ramoso,



O calor do Sol mais rente
Próprio da estação do ano
Pra sentir teu corpo quente
Depois de um luar germano.



Continuavas mais tarde
Quando voltei a espreitar,
Tua posição "en garde"
E o Sol a aproveitar.



O dia está um encanto
Nos princípios de Janeiro,
Há lindeza que eu descanto
Brotando em cada canteiro.



O céu de um azul sem par,
De uma pura transparência,
Parece mais alto estar.
Respiro com apetência.



E a gatita mariola
Salta que nem uma seta
Sobre uma folha que rola
Ou a sombra que projeta.

Maria da Fonseca



3 comentários:

  1. Maria,seu poema é lindo,aliás,sempre lindo.
    Obrigada pelo envio.É um presente.Gracias!
    Imaculada

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  2. A gata é linda, o poema muito bom. Mas ter uma
    gata verdadeira em casa "do estilo da minha" é
    um terror. Tem uma memória, tudo o que faça uma
    vez malera volta a repetir todas as vezes que
    consiga.Chão riscado, coisas partidas, terra tirada dos vasos, e é melhor ficar por aqui.
    É mesmo um demóniozinho...mas é a minha Iris ed
    eu gosto dela.Beijinhos e bom fim de semana

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  3. Que linda a sua gatinha preta, querida poeta!
    E que linda a sua poesia em homenagem a ela.
    Adoro os animais, adoro a natureza e a poesia, uma combinação perfeita.
    Adorei te visitar
    Beijo imenso
    Augusta

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