Os dias que maravilha!
Lindo o Sol no céu azul.
Tão pura e límpida a luz
Destes países ao Sul!
Despida das suas folhas,
Vive além a ameixieira.
E no ramo o melro pia
Pela sua companheira.
Vejo assim, com nitidez,
Seu esforço prà chamar.
Junta ao seu forte piado,
Suas penas a agitar.
- Não tem chovido em Janeiro, –
Clamam os agricultores.
Dizem ser ano de seca.
O Sol nimba as minhas flores.
E, mesmo em frente de mim,
Com toda a vivacidade
Dois pombos apaixonados
Fazem amor, de verdade.
O Inverno continua
Com este encanto sem par.
Só me custa e fico triste,
Quando o Sol se vai deitar.
Com a noite chega o frio.
À nossa respiração,
Na falta da fotossíntese,
Soma a da arborização...
É a hora do repouso
Pra todas as criaturas.
Faça Sol ou faça chuva,
Novo dia traz ternuras.
Os pardalitos alegres,
Quando espreito à janela,
Já brincam de ramo em ramo,
Na manhã húmida e bela.
Maria da Fonseca
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