terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ciranda



 Põe a tua mão na minha
E pra roda vem cantar,
Começa de pequenina
Até toda a gente entrar.


Precisa de ser gentil
E também saber amar,
Condição essencial
Pra na ciranda bailar.


Mas o que mais me comove;
‘Stando nós tão afastados,
Cada um na sua terra,
De corações tão chegados!


Ó ciranda, cirandinha,
Ó tão singela cantiga,
A inspirar os poetas,
Tão alegre, tão antiga.


Reunidos prò concerto
Desta noite de amizade,
Estão todos versejando
E cantando de verdade.

Maria da Fonseca


1 comentário:

  1. Olá, Maria da Fonseca!

    Poema com cheirinho a eira, ou ao largo lá da aldeia, feito de linguagem simples, a fazer lembrar as brincadeiras de roda de então.

    Singelo, mas muito bonito.
    Um abraço.
    Vitor

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