Nunca tive meus Avós.
Quando os meus olhos abri,
Meu Pai já perdera os Pais
E os da minha Mãe não vi.
Noutra terra, noutro povo,
Viviam longe de nós.
Se tenho recordações
Não são decerto de Avós.
Mais tarde, p'la vida fora
Meus Pais pouco me contavam.
Sua saudade era tanta,
Do passado não falavam.
O tempo assim foi andando...
Mais velho, meu Pai lembrava
Algumas cenas da infância
Dos Pais e Irmãos que amava.
A minha Mãe mais calada,
Tão sofrida, mais saudosa,
Também às Netas não disse
Da sua vida penosa.
Somos agora os Avós
Destes Netos muito amados,
Felizes co'as alegrias,
A ajudar, se embaraçados.
E neste Dia que é nosso
P'la ventura de vos ter,
Pedimos a Senhor Deus
Bênçãos pra vos proteger.
Maria da Fonseca
Parabéns! Lindíssimo e comovente poema! Mil beijos, Ilona
ResponderEliminarComovente poema de uma avó para avós que não conheceu.
ResponderEliminarEu tive a sorte de conhecer os quatro, mas fiquei sem
eles, muito nova.
Um beijinho
Irene