Texto cedido pela escritora Arlete Piedade
Denise
Severgnini nos deixou
Faleceu no
dia 8 de Janeiro de 2013, aos 53 anos, a poetisa brasileira, Denise
Severgnini, devido a paragem cardio-respiratória, deixando a poesia
lusófona mais pobre e centenas de poetas e amigos, chocados e
chorosos, desdobrando-se em poemas, mensagens e homenagens á querida
amiga das letras.
Professora
querida e amada, amiga dedicada, esposa amante, encontrava na poesia
e na prosa, a sua forma de expressão preferida, fazendo da escrita a
sua forma de comunicar emoções e sentimentos. Escrevia em quase
todos os estilos, desde a literatura infantil, diversas formas de
poema, até ao erótico, sendo brilhante em todos.
Foi uma das
primeiras colaboradoras do Jornal Raizonline, mas em vários sites da
Internet deixou a sua poesia, com particular destaque para o Recanto
das Letras, onde neste momento em que escrevo, conto com 918.849
leituras e audições das suas poesias, entre textos, e-books e
poemas gravados, no total de 11.672 obras. Também no Facebook e noutras redes sociais, deixou a sua marca com poemas lindissimos e emotivos, e o aroma da sua amizade.
Vivia no sul
do Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, em Lomba Grande, perto da
cidade de Nova Hamburgo, na companhia do seu marido Márcio, numa
casa linda em materiais naturais como a madeira, em ambiente rural,
rodeada de um jardim de rosas e outras flores, e na companhia das
suas duas gatas de olhos azuis como os dela, por quem era apaixonada.
Biografia de
Denise de Souza Severgnini
Denise de
Souza Severgnini é bióloga, licenciada em Ciências pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialista em
Matemática, Artes Visuais e Educação Ambiental.
É
professora do Ensino Fundamental nas disciplinas de Ciências,
Matemática, Artes, Ensino Religioso e Inglês. É poetisa e
arrisca-se na pintura (óleo sobre tela).
É membro
participante de grupos de poesia e literatura em sites da Internet.
Tem textos publicados em vários sites, entre eles Recanto das
Letras, Jornal Raiz Online, Poetas e Escritores do Amor e da Paz e
Poesia Retrô.
É
participante de diversos e-books e antologias: Cacos do Luar (1983),
Fresta na Janela (1983),Antologia Escritores brasileiros e Autores de
Língua Portuguesa (2006),Aquarela (ALVALES, 2008), Tendências
Literárias (ALVALES, 2009),ALVALES em Murmúrios (2010) e Caminhos
Literários (2010).
É livre pensadora, pacifista, 53 anos, casada com Marcio Prass, natural de Porto Alegre, residindo em Lomba Grande. Nova Hamburgo/RS.
Sites
particulares: http://denisesevergnini.recantodsletras.com.br/
*ANIVERSÁRIO:
DIA 19 DE MARÇO,DIA DE SÃO JOSÉ
BIOGRAFIA POÉTICA
Nasci menina, sapeca desde
pequena
Numa cidade, época
serena, Porto Alegre
Numa manhã de março, aos
dezanove do mês
Ao meu pai, causei
embaraço,ele esperava menino
Enganei o destino, guria e
poetisa, eu nasci
Nos pagos do meu Rio
Grande, cresci, estudei
Já mocinha, na UFRGS, em
Biologia, eu me formei
Hoje, com muito orgulho,
professora, eu sou
E desempenho, com amor, a
profissão, que Deus
Felizmente, me presenteou
Nas encruzilhadas da vida,
encontrei o amor
Na figura de alguém que
amigo sempre foi
Meu querido,marido
Márcio,companheiro
Para seja lá o que for
Pouco mais tenho a dizer
A paixão dos meus dias é
poesias escrever
Denise Severgnini -
POENISE**
Lomba Grande/Novo
Hamburgo/RS/BR
*******************************
** POENISE = POEMAS +
DENISE
Poemas
AMOR BONITO
É um querer constante, desenfreado...
Não está à venda, nem em liquidação.
Só o sente quem tem um bom coração!
Tem amor de corpo, que envolve sexo.
Todavia, há um amor mais complexo,
Amor de alma, parecendo sem nexo.
Amor que no peito, terno, palpita!
Amor que reside em criatura aflita
Amor que nasce da palavra escrita!
Amor que em poesia sempre habita!
Há beijos de doces letras entrelaçadas,
Num sem fim de abençoada felicidade...
É impossível esconder qualquer verdade
O poeta confessa, com autêntica alegria:
_ Eu não posso negar que te amo, poesia!
É um querer constante, desenfreado...
Não está à venda, nem em liquidação.
Só o sente quem tem um bom coração!
Tem amor de corpo, que envolve sexo.
Todavia, há um amor mais complexo,
Amor de alma, parecendo sem nexo.
Amor que no peito, terno, palpita!
Amor que reside em criatura aflita
Amor que nasce da palavra escrita!
Amor que em poesia sempre habita!
Há beijos de doces letras entrelaçadas,
Num sem fim de abençoada felicidade...
É impossível esconder qualquer verdade
O poeta confessa, com autêntica alegria:
_ Eu não posso negar que te amo, poesia!
Denise
Severgnini
EU
ME AMO!
Sublimo teu querer inconstante
O que pronuncias e não praticas.
Tentar entender o teu rompante?
Relutante, dou às costas as atitudes ariscas...
Aquém do que posso por ti sentir, eu me amo!
Do que tu prometes, em versos deslizantes,
Sucesso? Não mais espero, nem por ti, eu clamo...
Antevisto há muito, está o fim de nós como amantes...
Sublimo teu querer inconstante
O que pronuncias e não praticas.
Tentar entender o teu rompante?
Relutante, dou às costas as atitudes ariscas...
Aquém do que posso por ti sentir, eu me amo!
Do que tu prometes, em versos deslizantes,
Sucesso? Não mais espero, nem por ti, eu clamo...
Antevisto há muito, está o fim de nós como amantes...
Denise
Severgnini
AMOR
NA MADRUGADA
Nas
sombras da madrugada aveludada,
A
lua ilumina firmamento dos namorados!
Esparge-se
na atmosfera calma, perfumada
A
profundeza de bel-prazeres apaixonados!
Canta
ela, maviosa voz, sons emocionados,
Composição
do amor na sedutora alvorada.
Nas
sombras da madrugada aveludada,
A
lua ilumina firmamento dos namorados!
Penumbra
encobre, de dois seres, paixão alada
Nas
asas do vento, depois da posse, saturados
Repousa,
abraçados, na saciedade desejada.
Vôos
fremidos,anseios acesos e recomeçados,
Nas
sombras da madrugada aveludada...
Denise
de Souza Severgnini
AMOR
COLORIDO
Azul
verdeleja o amarelo!
Amarelo
laranjeia o vermelho!
Vermelho
arroxeia o azul!
Entre
cores, tons, sobre tons
Nuanças,
matizes, infinitas pactos...
Brincavam...
Monet, Dali, Picasso, Van Gogh,
E
muitos outros mais...
Quem
disse que opostos não se atraem?
Combinam-se
no amor... Infinitamente!
Denise
de Souza Severgnini
NO NATAL
Ama e faça do amor a razão do viver.
Bendize e abençoe teu filho.
Canta e deixa alegria prevalecer.
Dedica-te aquele que percorre teu trilho.
Ama e faça do amor a razão do viver.
Bendize e abençoe teu filho.
Canta e deixa alegria prevalecer.
Dedica-te aquele que percorre teu trilho.
Edifica teu lar nos
preceitos da verdade.
Fala a palavra certa, a que consola.
Guarda teu labor, trabalha com seriedade.
Hesita antes de prender outrem em gaiola.
Imita os exemplos de humildade.
Joga os dissabores ao vento.
Limpa tua alma de toda tristeza.
Mede a qualidade de teu pensamento.
Nega a ti mesmo idéias de avareza
Oportuniza aos amigos tua companhia.
Pede ao Pai, mas também agradeça.
Questiona as leis da Minoria.
Rompe o lacre que te amordaça.
Sorri, pois teu sorriso é luz.
Transpassa as pedras do caminho.
Ultrapassa o limite que te conduz.
Valoriza teu amigo, dá-lhe carinho.
Xinga, mas também peça perdão.
Zela pela paz no mundo e em teu coração.
Fala a palavra certa, a que consola.
Guarda teu labor, trabalha com seriedade.
Hesita antes de prender outrem em gaiola.
Imita os exemplos de humildade.
Joga os dissabores ao vento.
Limpa tua alma de toda tristeza.
Mede a qualidade de teu pensamento.
Nega a ti mesmo idéias de avareza
Oportuniza aos amigos tua companhia.
Pede ao Pai, mas também agradeça.
Questiona as leis da Minoria.
Rompe o lacre que te amordaça.
Sorri, pois teu sorriso é luz.
Transpassa as pedras do caminho.
Ultrapassa o limite que te conduz.
Valoriza teu amigo, dá-lhe carinho.
Xinga, mas também peça perdão.
Zela pela paz no mundo e em teu coração.
Denise Severgnini
Vai em paz querida
poetisa, agora o céu fica mais azul com a cor dos teus olhos
fundindo-se no firmamento e os anjos irão aprender novas melodias,
com a tua mágica poesia!
Arlete Piedade
Bela e justíssima homenagem!
ResponderEliminarUm grande beijo, Ilona
Olá, Maria da Fonseca!
ResponderEliminarConfesso que não conheço, só por aquilo que aqui agora li.E a homenagem parece-me mais do que merecida, para quem cedo partiu desta vida, quando vivia uma existência cheia e feliz.
Abraço amigo
Vitor
Não conhecia, nem tenho nenhum poema dela nos meus blogues,
ResponderEliminare lamento imenso a morte de uma poetisa ainda tão nova.
São os mistérios da vida e da morte.
Uma homenagem merecida.
Beijinhos
Irene Alves