Sempre recusei imagens
Que da guerra me falassem.
Fotos, filmes e passagens
Que a maldade me lembrassem.
Meus parentes a sofreram,
Sem pecado cometerem.
Pelo sangue os ofenderam,
Quem sabe se até morrerem.
O tempo, que tudo cura,
Não afasta minha dor,
Nesta Terra em que perdura
O conflito, o desamor…
Agora todos lastimam,
Nem todos, que ironia!
Ainda os há que sublimam
Quantas mortes, que heresia!
O padecer dos que imploram
Aviva a minha memória.
Não são meus olhos que choram,
É minha alma em sua história.
Defendei os seus direitos,
Homens bons de coração.
Geri todos nossos feitos
Para bem do meu irmão!
Maria da Fonseca
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