Chove na Cova da Iria
Na noite da Procissão,
AVÉ! AVÉ! AVÉ MARIA!
Saudam com devoção.
De chapéus-de-chuva abertos,
Vela acesa noutra mão,
Os peregrinos libertos
Entregam-se à oração.
A Virgem sobre o andor
De brancos cravos, radiosa,
É louvada com amor
Nesta noite piedosa.
Em Fátima todos rogam
Por saúde, paz, emprego,
E muitos são os que imploram
Por consolo e mais sossego.
Nossa Senhora proteja
Aqueles de que é Rainha,
E também ame e eleja
Quem vem de longe e caminha.
Pagam a sua promessa ,
Pela graça recebida
Ou penar que não regressa,
Oferta já prometida.
E continuam chovidas,
Terras da Cova da Iria,
Faces húmidas, sofridas,
AVÉ! AVÉ! AVÉ MARIA!
Maria da Fonseca
Um poema oração. A amiga sempre com imensa sensibilidade
ResponderEliminarpara transpor para poesia acontecimentos da vida terrena.
Coloquei no meu blogue plullina.
Bjs.
Irene Alves
Poema lindo e tocante, como a querida Poetisa sempre nos oferta! Versos puros que ao descreverem a procissão de Cova da Iria se aproximam de uma oração. E a quadra final, muito inspirada! Muito obrigada por nos proporcionar tão bela leitura e emoção! Mil beijinhos, Ilona
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