domingo, 30 de outubro de 2011

Terreiro do Paço (Lisboa)




Farrapinhos de algodão,
Sob um céu azul sem mancha.
Tarde suave de Outono,
No Tejo segue uma lancha...


Antigo Cais das Colunas,
Dos meus tempos de criança,
Junto a ti muito brinquei.
Como eu guardo na lembrança!


Um menino, eu recordo,
De seis anos, pouco mais,
Fugiu pra atracar o barco,
Prendendo a corda no cais.


A minha memória é fraca.
Grande é a minha saudade,
Do teu natural encanto,
"Ex-libris" desta cidade.


Ao domingo eras tão calmo.
Respirávamos a brisa,
Vinda do lado do rio.
Enleio de poetisa...


Ó meu Terreiro do Paço,
Praça linda de rever.
A imagem do teu passado,
Já me custa a descrever.


Agora és mais citadino,
Com as gentes a passar.
Não afastes as gaivotas,
Que vivem pra te enfeitar!

Maria da Fonseca



3 comentários:

  1. Olá, Maria Fonseca!

    Junto dele passei algumas vezes, e ao largo muitas mais, bonito monumento a fazer lembrar peça de decoração que adorna bonita mesa...

    Felizmente que foi reposto após anos de ausência.

    Lindo é o poema sobre o que se foi e só a memória reteve, dessa cidade luminosa que é Lisboa.Parabéns!

    Abraço amigo.
    Vitor

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  2. Lindo poema minha amiga sobre o Terreiro do Paço
    do passado e do presente. Já tenho saudades
    do atravessar todos os dias como fiz durante
    30 e poucos anos.
    Um beijinho amiga.

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  3. Maria Fonseca

    Acho que estando aqui, em Portugal, já há longos anos não me desloco a Lisboa.
    Sempre que lá fui, não deixava de percorrer aquele trecho de Beira Rio, pleno de fascínios para mim. Depois entrava pela Rua Augusta e ia lembrado mais ou menos o que agora escreves e descreves no teu Poema.
    Foi bom "entrar" por ele (poema), nesse espaço cheio de boas recordações.
    Parabéns, Amiga

    Beijos

    SOL
    http://acordarsonhando.blogspot.com/

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