sábado, 10 de março de 2012

Noite sem Lua




A noite tão linda e escura
Invade toda a paisagem.
A Lua não está presente.
Corre tépida uma aragem.
O mar grande continua,
Mas agora não o vejo,
Está fundido com o céu.
A praia sente o seu beijo!

As traineiras 'stão pousadas
Nesse mar de imensidão.
Suas candeias acesas,
São astros na escuridão.

Quadro vivo que eu revejo
Sempre com muita ternura.
Lançam as redes à noite
- É tradição que perdura.

E, se, alta madrugada,
Pra ver a faina, eu espreitar,
As luzes já lá não estão.
Ficou tão negro o meu mar!

Maria da Fonseca




2 comentários:

  1. Olá, Maria Fonseca!

    Com sensibilidade e talento para versejar, a poesia descobre-se em todo o lado; até na dura faina das traineiras, em noite onde falta o luar.
    Muito bonito!

    Abraço amigo
    Vitor

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  2. Um belo poema sobre um tema que sempre encanta; o mar e a faina dos pescadores.
    O seu poema levou-me a "ver" a "cidade flutuante acordada" na Quarteira à noitinha.

    Parabéns poetisa.

    Bom fim de semana
    Beijinho

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