Nalgum lugar do passado,
Deixei minha fantasia.
Não vi mais o azul do céu,
Fez-se a noite em pleno dia.
E maldosa, a feiticeira,
Que aquele acto realizara,
Só o meu mal desejou.
Sempre maldição espalhara!
Prostrada caí por terra,
Sem forças, aniquilada,
Meu coração exaurido
E minha alma angustiada.
O tempo, eu não sei bem quanto,
Passou, sem eu dar por tal,
E voltou o azul ao céu
E a andorinha ao beiral.
A fada, minha madrinha,
No jardim enfeitiçado,
Surgiu ligeira, bondosa,
Trajando manto doirado.
“Provações, eu não as posso
Retirar da tua vida.
Mas amada serás sempre,
De um príncipe, a escolhida.”
A fada assim falou.
E olhando-me bem nos olhos,
No meu coração verteu
Ânimo contra os escolhos.
Em busca do meu destino
Me afastei desse lugar.
E no presente renasço
Para viver e te amar.
Maria da Fonseca
Lindo poema, que é sempre um prazer recordar! Beijinhos, Ilona
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