Gelada a noite ao luar
Da lua cheia, em Janeiro.
Noite branca, transparente,
Em que o frio é companheiro.
Não se compadece o belo
Da pobreza sem abrigo.
Quantos penam, deambulam,
Mas porquê tanto castigo?
Noite amarga, lua linda,
Prateada pelo Sol,
Em sua luz radiante
Não tem calor que console!
Que fizemos nós, meu Deus,
Que ofendesse a Natureza
Pra nos maltratar assim,
Altiva em sua beleza?!
Pelo que meus irmãos sofrem
Chora pois meu coração.
Roda o vento, vem a chuva
E continua a aflição.
A quem falta condições
Devemos agasalhar.
Estendamos nossas mãos
Pr’ os podermos ajudar.
Maria da Fonseca
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