O Lago dos Cisnes, espectáculo do Russian State Ballet,
adaptação de Viatcheslav Gordeev
Subiu o pano de cena.
Logo todos se calaram.
Vamos ver o último Acto,
Alguns acordes soaram.
Sentadas no camarote,
A Sara e eu à espera.
A bruma sobe do lago
A enfeitiçar a atmosfera!
Os cisnes, que são meninas,
Deslizam com ar tranquilo.
Parecem demais etéreas,
Belas figuras de estilo.
A música é muito triste,
Melancolia do drama.
Os dezasseis lindos cisnes
Rodeiam o que mais ama.
Sofre porque foi ferida,
Vítima do bruxo mau.
Ele serviu-se da filha,
P’ra imitá-la no sarau.
Assim seduzido o príncipe
Quebrou a jura prestada.
E condenou para sempre
Ao encanto, a sua amada.
Perante a amarga verdade,
Célere correu p’ró lago,
A evitar a maldição.
Mas foi seguido p’lo mago!
Há então a grande luta
Entre o bruxo e o belo amado.
Ele venceu o feitiço,
Mas queda-se inanimado.
E a tua mãozinha, Sara,
A tremer na minha mão,
Como avezinha sensível,
Perante a revelação.
Na pálida madrugada
Voltara a viver menina,
Debruçada sobre o Príncipe,
Nossa “Prima Ballerina”.
E, de coração tão puro,
Segue com seu bem amado.
Partilhar um grande amor,
Eternamente a seu lado!
Maria da Fonseca
Lindo poema dedicado ao bailado.
ResponderEliminarGostei muito amiga.
Tenho um novo espaço, ainda nos seus primeiros
passos:
http://sinfoniaeosl.wordpress.com
Beijinhos
Irene