Ainda és linda, macieira,
Cheia de cachos floridos,
Mas lamento a clareira,
Teus ramos frágeis, partidos.
Ao passar da morna aragem
Caem pétalas de leve,
A enfeitar a paisagem
Como farrapos de neve.
Pousam no nosso caminho
Brancas, suaves e puras,
É um tapete de carinho
Para espantar as agruras.
São tuas flores fugazes
Como nuvem afastada.
Serão teus frutos capazes
de agradar à pequenada?
Vêm as maçãs mais tarde
Com o calor do Verão,
Quando a garganta nos arde
Seu sumo é consolação.
Minha velha macieira,
Sempre de pé e formosa,
És um exemplo, obreira,
De que a vida é preciosa!
Maria da Fonseca
Lindo! Lindo como sempre! E já com um cheirinho a Verão. Que bom, para nos apaziguar o espírito e aquecer a alma! Mil beijinhos, Ilona
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