quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Margaridas no Outono

Foto de Ilona Bastos

Margaridas tão singelas
Eu comprei naquele dia,
Aniladas e amarelas
A espargirem alegria.


Foi na jarra transparente
Que as coloquei com carinho,
Deitei água docemente
E compus cada raminho.


Ficaram encantadoras
A enfeitar a nossa sala,
Vestidas que nem senhoras
Em belas noites de gala.


Tão inocente o lilás,
O amarelo vibrante,
Sua lindeza me apraz
O colorido incessante!


Mas com o correr dos dias
As corolas se dobraram,
Suas pétalas macias
Descaíram e murcharam...


São efémeras as flores
Que eu gosto de cantar.
Mas sois parte, meus amores,
Deste mundo, meu sonhar!

Maria da Fonseca


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