foto de J. Bastos Baptista
Por entre as nuvens pesadas
Raiou o Sol e a alegria
Brilharam folhas molhadas
Pela chuva que caía.
Casal de melros bulia
Por um niquito de pão
Pelos vistos discutia
A saltitar pelo chão.
O céu azul alternava
Com as nuvens bem cinzentas
Conforme o vento soprava
Mexendo as folhas sedentas.
O arco-íris não vi
Decerto estaria lindo
Mas a chuva que senti
Fez com que eu fosse seguindo.
E os meus olhos seduzidos
Fixaram-se noutros sóis
Nas árvores refletidos
Como em espadas de heróis.
Meu Maio vai-se vestindo
De nova e verde folhagem
Diletas plantas florindo
A transformar a paisagem.
Maria da Fonseca
Olá, Maria da Fonseca!
ResponderEliminarBonita homenagem, neste lindo poema dedicado à natureza. Mês de Maio, mês das rosas, as flores abrem, ficam viçosas - assim rezava a cantiga, de que lembro só este pedacinho...
É muito bonito o que a Maria da Fonseca escreve; duma simplicidade enganadora, e encantadora.
Abraço amigo
Vitor
Apesar do Maio já lá ir, não deixo de escrever umas
ResponderEliminarpalavrinhas para o seu maravilhoso poema a Maio.
Bj.
Irene