terça-feira, 2 de novembro de 2010

As Mãos da Avó



Estas mãos que escrevem versos
Foram activas, saudáveis,
Sempre livres a actuar,
Quiseram ser responsáveis.



Quando foram pequeninas
Fizeram suas maldades,
Abelhudas e roliças,
Também tiveram vontades.



Cresceram perseverantes,
Continuamente em acção,
Quer nas tarefas da casa
Ou preparando a lição.



Quantos números e letras!
Toda a vida a trabalharem,
A servir o pensamento
E a nele bem se escudarem.



Na química se esmeraram,
Vocacionadas, felizes.
Nunca foram mãos de fada,
Mas honraram as raízes.



Sujeitas ao coração,
Sempre lhe foram leais,
Facultando aos mais pequenos
Cuidados especiais.



Agora são mãos de avó
Para rezar preparadas,
A pedir graças pra todos
Ao Bom Jesus levantadas.

Maria da Fonseca


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