foto de Ilona Bastos
Tinha a certeza, queridas.
Seríeis brancas violetas!
Aguardava que florísseis,
Lindas florzinhas dilectas.
No vaso co’ irmãs lilases,
Nascestes de duas cores.
Assim eu vos quero mais,
Gentis e mimosas flores.
Brotam minhas redondilhas
Ingénuas, puras, singelas,
Ao ver-vos tão aniladas,
De branco, orladas e belas.
Dizem que modestas sois,
Violetas do meu lar.
Encontro-vos bem vaidosas,
De corola a deslumbrar!
Iluminando a marquise,
Assim de branco enfeitadas,
Surgis, neste nosso Inverno,
Como carinhosas fadas.
Há pouco o vaso espreitei,
E, achei com alegria
Dois pequenos botõezinhos,
Cheios de encanto e magia.
O que eu pude vislumbrar
Das pétalas que entrevi,
Foi a brancura passada,
Que noutro tempo ali vi.
O florir das violetas,
Recebo com emoção.
Conhecer vossa surpresa
Alegra o meu coração.
Maria da Fonseca
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