Quando teu tronco serraram,
Fiquei triste e pesarosa.
Com os olhos rasos de água,
Disse-te adeus, desgostosa.
Porque tinhas muita idade,
Meu plátano majestoso?!
Abateu-te um grupo hostil,
Terminante, impiedoso.
A ninguém aproveitou
Tua queda programada.
A árvore morre de pé,
Só depois será cortada.
Tuas folhas me encantavam
Ao chegar da primavera.
E tarde caíam secas,
Na estação mais severa.
Restou teu tronco ferido
Unido à raiz imensa.
Mataram-te, meu amigo,
Mas impões tua presença.
Ao caírem os teus ramos
Na terra que os viu crescer,
Encheram-na de sementes,
Que não quiseram morrer.
A prova é bem evidente.
Os rebentos já lá estão,
Com abundante folhagem.
Só que brotaram do chão!
Maria da Fonseca
Maria,lindo seu poema!
ResponderEliminarAqui no Brasil virou moda cortar árvores sadias.
É uma derrubada sem dó!
Obrigada por esta obra linda!
beijos Imaculada
Lindo Poema! É doloroso ver cortar árvores que nos parecem saudáveis! Beijinhos, Ilona
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