terça-feira, 16 de novembro de 2010

Marcas do Destino


Marcas do tempo passado,
Trago-as como peregrino
Desde longe, longes tempos.
São as marcas do destino!


Sinalam meu corpo e alma.
E nem sequer são saudosos,
Certos momentos vividos,
Difíceis e caprichosos.


Teu amor, esta harmonia,
Meu tempo suavizou.
Mas algum, nós o perdemos,
E por isso me marcou.


Não foi possível deter
Esse tempo incontrolável,
Breve, quando era feliz,
Longo, quando insuportável.


As marcas comigo vivem
Neste instante, a recordar,
Não creio seja exp’riência,
Nem algo pra vos legar.


Servem, contudo, acredito,
Prò Senhor me receber,
Concedendo-me o perdão
No momento em que eu morrer.

Maria da Fonseca

1 comentário:

  1. LINDO! Não conhecia este poema. Está também muito belo e bem construído. Outro que será meu favorito. Beijos

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