Marcas do tempo passado,
Trago-as como peregrino
Desde longe, longes tempos.
São as marcas do destino!
Sinalam meu corpo e alma.
E nem sequer são saudosos,
Certos momentos vividos,
Difíceis e caprichosos.
Teu amor, esta harmonia,
Meu tempo suavizou.
Mas algum, nós o perdemos,
E por isso me marcou.
Não foi possível deter
Esse tempo incontrolável,
Breve, quando era feliz,
Longo, quando insuportável.
As marcas comigo vivem
Neste instante, a recordar,
Não creio seja exp’riência,
Nem algo pra vos legar.
Servem, contudo, acredito,
Prò Senhor me receber,
Concedendo-me o perdão
No momento em que eu morrer.
Maria da Fonseca
LINDO! Não conhecia este poema. Está também muito belo e bem construído. Outro que será meu favorito. Beijos
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