foto de Ilona Bastos
Como Soa O Poema
Não soa o poema ao criador.
Irrompe do fundo de nenhures,
Pensamento luminoso, súbito
Na brancura do papel a derramar.
Irrompe do fundo de nenhures,
Pensamento luminoso, súbito
Na brancura do papel a derramar.
Não soa em alta voz a poesia.
Pois é ideia ágil, forte e clara,
É passo vivo ou mesmo galopante,
Que o braço move e leva pelo ar.
Não soa como som, já que é mais luz,
Corrente descendente até à mão,
Vaivém audaz do lápis no papel
Furor intenso e débil a criar.
Corrente descendente até à mão,
Vaivém audaz do lápis no papel
Furor intenso e débil a criar.
Não soa como o fazem as tiradas,
Libertas na conversa ou no canto.
Não soa como corpo, pois é alma
Das letras e palavras faz seu pranto.
Ilona Bastos
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