Que lindo o Tejo encantado
Nesta tarde outonal,
O Sol na água espelhado,
O vento a agir informal.
Atravessando o rio,
Diligentes cacilheiros;
Vai pró mar alto um navio,
Rumo aonde há coqueiros.
Tem jovens a velejar
A animar minha vista,
E barquinhos a singrar
Com perícias de artista.
A ponte pênsil por perto,
Ao longe o Cristo-Rei.
O céu só meio encoberto,
Horizonte que amarei.
Minha Lisboa briosa
Donde há anos eu parti,
Agora 'stás mais formosa,
Mato a saudade de ti.
Maria da Fonseca