sábado, 14 de dezembro de 2013

Natal

 

 
Uma noite das normais,
Um burrinho e uma vaquinha
Num estábulo de animais,
Manjedoura com palhinha.
 

E os viandantes chegaram,
Nossa Senhora co'as dores,
E aí se acoitaram
Sem ajuda, sem favores.
 

O Seu Menino nasceu,
Tal como lhe fora dito
P'lo Anjo que apareceu
A anunciar o Bendito.
 

Nas palhinhas O deitou,
Enfaixado com amor,
Só São José ajudou
E os animais co'o calor.
 

 
Com esta simplicidade
Nasceu o Filho de Deus,
Exemplo de humildade
Pra todos desceu dos Céus.
 

Essa é a noite especial
Que sempre comemoramos
Em cada ano, O Natal,
Com que ternura O amamos!
 
 
Maria da Fonseca


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Limpidez Outonal

 
 

foto de Maria João Costa



Tremem folhas do relvado
Ao sabor do vento norte,
E brilham iluminadas
Pelo Sol de núcleo forte.

Neste outono transido
Pela massa de ar polar
Sofremos todos o frio
Sob um céu azul sem par.

As arves meio despidas
Perdem folhas cada dia.
Voam que nem avezinhas
Brincando com alegria.

Formoseando o jardim,
A transparência é tal
Que, das outras estações,
Nenhuma aparece igual.

Flores, só há no meu lar
Antúrios e violetas,
Também as agride o clima,
Mas estão belas, facetas.

Neste ano, dois mil e treze,
Está o outono assim.
Não sei se a chuva faz falta,
Mas 'stá tão lindo o jardim!
 
Maria da Fonseca


sábado, 7 de dezembro de 2013

Reencontro

 
 
 
 
 
 
REENCONTRO
 
Soneto dedicado à ilustre poetisa
e amiga Efigênia Coutinho em
Abril de 2009

Seu desvelo jamais irei ‘squecer,
Poetisa de nobre coração,
Aos amigos ‘stendendo sua mão,
Sonho e valia em nós reconhecer!

Vivemos com a alma o seu querer
Numa partilha de êxitos e ação.
Agora viverá nova emoção
Mimando novo amor a florescer.

Abençoada mestra da poesia,
Quantas vezes lançou o pensamento
Em busca no além-mar da fantasia

Do poético sentir de um momento!
Encontrá-la será nossa alegria,
Seus versos, seu carinho, seu talento.
 
 
Maria da Fonseca