domingo, 19 de junho de 2016

No Rossio Eram Gaivotas - Livro de poesia de Ilona Bastos

 

                                    No Rossio Eram Gaivotas
 
Consegui, finalmente, reunir os poemas escritos na Primavera e no Verão - poesia optimista, a festejar a chegada do bom tempo e do estado de espírito que consigo traz.
Não foi fácil. A verdade é que o Outono e o Inverno sempre me foram mais inspiradores. Os estados mentais de tonalidades sombrias, mais frequentes e complexos, induziam-me à introspecção. Servia, então, a escrita, como um lenitivo. Com ela desabafava tristezas, identificava causas, analisava questões, retirava conclusões. 
Já a felicidade e a alegria, apesar de mais difíceis de alcançar, tornam-se simples na sua expressão escrita. Raramente me obrigo a analisar o que me causa contentamento. Prefiro abandonar-me e viver o momento, usufruir desse estado mental que sinto gratificante.
Por outro lado, é também delicado alinhar, de forma lógica e consonante, poesia escrita com muitos anos de diferença e até em estilos diversos.
Há, no entanto, um denominador comum que perpassa todos os textos e torna possível a sua convivência pacífica - aquilo que de mais perene existe em mim e que, com a evolução própria da maturidade, vou agora identificando: a sistemática procura de respostas para as dúvidas mais profundas, a busca de paz interior e de harmonia com o mundo.
No estádio actual da minha vida, em que a espiritualidade, a busca de paz e de felicidade constituem notoriamente o cerne do meu interesse, o estado mental de grande parte desta poesia é-me familiar e até reveladora. 
Surpreendentemente, parece-me que só agora compreendo o que então escrevi levada pela intuição ou inspiração. Como se o passar do tempo fizesse levantar o véu que cobria aqueles versos, conferindo-lhes maior nitidez.
Na verdade, nunca deixo de me espantar com o facto de as mesmas palavras e frases terem significados diferentes, a tantos níveis, podendo ser interpretadas diversamente conforme a identidade e o estado de espírito do destinatário!
A capa foi outra questão muito estudada. Tentei várias versões e submeti-as ao veredicto público (a família, a quem agradeço muito a paciência e o apoio!). 
Venceu, por maioria altamente qualificada, esta capa de azulejos, a condizer com as imagens no interior do livro. Trata-se de ilustrações relativamente recentes, que sempre tive em mente passar ao papel quando tivesse oportunidade. Sabia que já havia desenhado algo semelhante na minha juventude, mas fiquei realmente surpreendida ao encontrar "azulejos" destes (exactamente assim) desenhados nas últimas páginas dos meus cadernos do liceu e da faculdade (alguns com quarenta anos!).
Enfim, interior e capa concluídos, registos feitos, posso dar esta missão como cumprida.  "No Rossio Eram Gaivotas" está nos escaparates da Amazon, lançado para o Mundo.
Espero que gostem!

Ilona Bastos

No Rossio Eram Gaivotas

 .

  

terça-feira, 14 de junho de 2016

Parabéns ao meu Marido - 11 de Junho


       
Lindo o dia , meu Amor,
 
O do teu Aniversário,
 
A orquídea toda em flor,
 
Parabéns do bastonário.
 



Há alegria no lar,
 
Abraços e muitos beijos,
 
A família a te agradar
 
Com presentes e festejos.
 



Os amigos não te esquecem,
 
Têm palavras sinceras
 
Que o teu coração aquecem,
 
Saudar tuas primaveras.
 



Tal como nos outros anos,
 
Tens o teu ramo de cravos
 
Vermelhos e muito ufanos
 
Na jarra de belos favos.
 



E o manjerico presente,
 
O de folha pequenina,
 
Tem um cravo evidente
 
Com uma quadra junina.
 



Parabéns ao meu marido
 
Neste dia precioso,
 
O futuro, meu querido,
 
Pra nós seja generoso.

 
 
 
Maria da Fonseca