Lindas gaivotas vogando
Argênteas, puras, folgadas,
Nas águas dum Tejo vivo,
De ninfas endiabradas.
Outras voam rente ao cais
Onde o cacilheiro acosta,
A baloiçar inquieto,
Vindo da margem oposta.
Neste dia encantador,
Primeiro da Primavera,
Ver as gaivotas em terra,
Decerto é o que não se espera!
Tereis assim a certeza
De haver, no mar, temporal.
Logo mais virão as vagas,
Ameaça ao litoral.
É o tempo que está a mudar,
Apesar do céu azul,
Do belo Sol aquecer,
Da costa virada ao Sul…
Maria da Fonseca