quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dia de Calor


 

O calor silenciou
Este sábado tão quente!
Só a cigarra o quebrou
Com seu cantar insistente.




Ao longe latiu um cão
Que decerto se moveu.
Mas neste dia de V’rão
Nem uma folha mexeu.




As poucas aves que vejo
Buscam as sombras dos ramos.
Há outras que não versejo,
‘Stão quietas como estamos.




Os corpos pesam demais
O tempo custa a passar.
Pendem folhas nos quintais,
Não é hora de regar!




Este silêncio espesso
Prende os nossos movimentos
E o espírito mais travesso
Até esquece seus intentos.




Amanhã s’rá novo dia
De Verão e de calor.
Ao terminar a poesia
Rogo brandura ao Senhor!

Maria da Fonseca











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