segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Rosas Efémeras

 

Que belas rosas trouxeste
Na quinta-feira passada,
Coloquei-as tal mas deste
Em jarra bem preparada.
 
Uma aberta, encantadora,
De pétalas cor de rosa,
Outra em botão, sedutora,
De postura graciosa.
 
Uma lindeza ficaram
No "sideboard" da sala,
Mas tão depressa murcharam,
A minha voz não se cala.
 
Tratei-as com todo o amor,
O que estava acontecendo?
Perderam o seu frescor
E foram esmaecendo.
 
Nem uma pétala só
Mudara de posição,
E eu senti tanto dó
A despertar emoção...
 
Como o botão não aberto
Que curvara magoado,
Ficou a bater incerto,
Meu coração contristado!
 
Maria da Fonseca

2 comentários:

  1. Olá, Maria da Fonseca!

    Não toda a beleza é eterna
    como é o caso das rosas
    mas o que conta é o gesto
    esse, não mais esquece...

    Bonito e inspirado, como sempre.

    Um abraço e boa semana. E o sempre obrigado pelos simpáticos comentários.
    Vitor

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  2. Pois é amiga, às vezes sucede e ficamos realmente muito tristes.
    Mas até desse momento a amiga conseguiu fazer um lindo
    poema.
    Bj.
    Irene Alves

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