terça-feira, 18 de julho de 2017

A Palavra Subtil


A obra que foi sonhada
Nunca atinge a perfeição,
Como o poema que escrevo
Não consola o coração!
 
Procuro a palavra, escolho,
Rebusco a que melhor soa,
Mas quando volto e a releio,
Sinto que a apliquei à toa.
 
Corresponde ao meu desejo
Do vocábulo perfeito
Pra transmitir o que vejo
E revelar seu efeito?!
 
Talvez deva ser mais clara
Ou quem sabe, mais subtil,
Para mostrar os matizes
Dum amado mês de Abril?
 
O pintor pode criar
Todos os tons que ele vê!
Eu tenho apenas palavras
Para encantar quem me lê.
 
Mas nesta luta que adoro
Me proponho continuar.
O que vejo e me empolga
A todos vós vou contar!
 
Maria da Fonseca
                
                                                  

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