domingo, 21 de novembro de 2010

Ciclamen



Ainda meio ensonada
Devagar corro a cortina.
Bela a planta iluminada
P'la branca luz matutina.


Linda surpresa of'receste
Nesta manhã outonal,
Dos botões que concebeste
Um floriu, especial.


Tão formosa borboleta
 Me parece, minha flor
De singular silhueta
E de avermelhada cor.


Em simples haste pousadas
Cinco pétalas sedosas
como asas inspiradas
Nas das lindas mariposas.


Confunde-me a Natureza!
Aos meus olhos de mulher
Revela toda a beleza,
Quanta a que o Senhor lhe der.

Maria da Fonseca



3 comentários:

  1. Estimada Maria da Fonseca, seus versos são como falas de anjos e arcanjos, dão toda graciosidade a quem os le, e fica um aroma de céu das borboletas dançarinas, em suas flores peregrinas.

    Muito obrigada por me enviar este convite e poder aqui ler sua boa poesia, com carinho.
    Efigenia

    ResponderEliminar
  2. Depois do comentário da Efigênia Coutinho fico
    sem palavras. Ela disse tudo.
    Beijinho/Irene

    ResponderEliminar
  3. Um poema muito inspirado. É nesta simplicidade transparente e bela que a Poesia melhor se revela e penetra no nosso íntimo. Lindo! Beijos, Ilona

    ResponderEliminar