terça-feira, 25 de setembro de 2012

Versejar

 
 
 
 
 
Faço versos por prazer,
Como quando era criança.
Quero transmitir aos netos
O que trago na lembrança.

Mas na hora da verdade,
Eu gosto é de versejar,
Dos passarinhos às flores,
E tudo o mais que eu amar.

Na maior parte das vezes
Não sei o que vou escrever.
Anima-me o próprio lápis
A procurar no meu ser.

Nasce o verso de mansinho,
Vem do fundo da minha alma,
E quando chega ao papel,
O meu coração se acalma.

Depois lá chega mais outro
E tudo se passa igual.
A emoção dum momento
Continua em ritual.

Daí resulta o prazer
Da pequena criação.
Se todos somos poetas,
- Onde está a admiração?!
 
Maria da Fonseca


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