quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Piar do Pardalinho

 
 

A esta hora da tarde,
Como pias pardalinho!
Bem te vi hoje brincar
Na água do regatinho.
 
Já voas todo ligeiro,
E somes entre a folhagem
Da árvore mais copada,
Desta tão linda paisagem.
 
E voltas com alegria,
No meio dos teus iguais,
A pousar neste telhado,
Junto com outros pardais.
 
Do belo Sol derradeiro,
Sentes ainda o calor.
Em conjunto com teu bando,
Chilreias cheio de ardor.

 
Na árvore que é teu abrigo,
Com centenas te recolhes.
Pardal da minha afeição,
Singelo viver tu escolhes!

 
Amanhã não te verei,
Entre muitos te perdi,
Mas ouvirei outro pio,
Pensando que vem de ti.



Maria da Fonseca

2 comentários:

  1. Olá, Maria da Fonseca!

    Sabe, em rapazote dava-lhes caça com uma fisga; agora deixo que eles me comam os rebentos do feijão verde...Como a nossa percepção das coisas muda com o passar dos tempos...!

    Este da foto tem cara de ainda há pouco ter saído do ninho, meio perdido, e bem merece este bonito poema. A Maria da Fonseca é uma adoradora da natureza!

    Boa noite; abraço amigo.
    Vitor

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  2. Gosto de pardais, gosto mesmo. E gostei desta poesia
    que a amiga lhes dedicou.Bj.
    Irene Alves

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