terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vendaval - Dueto Arlete Piedade/Maria da Fonseca

Vendaval
Dueto Maria da Fonseca/Arlete Piedade
 
Maria da Fonseca

Quisemos ficar em casa
Por causa do vendaval,
Pois o vento até uivava
Pela fresta do umbral.

Sucediam-se as rajadas,
Bátegas em confusão.
Bailavam até as árvores,
Desordem em profusão.

A relva mal aparada
Ondulava ao sabor
De cada lufada de ar,
Que investia com vigor.

A chuva desgovernada
Em toda a parte batia.
Previam mesmo pior
Lá para o final do dia.

Tanto choveu, meus Amores
Na tarde triste e cinzenta!
E na hora de voltarem,
Mor cuidado me atormenta.

Saber se chegastes bem
À casa que é vosso lar,
Não tenha a chuva afectado
A família ao regressar.

Maria da Fonseca

Vendaval

Arlete Piedade

Eu fiquei na minha casa,
todo o final de semana;
pra ver se o vento passa,
juntinho de quem me ama!

Estava preocupada,
sem saber da mãe idosa;
só na aldeia, mas amada
na sua casa, ditosa!

Telefonei p'ra o Canal,
p'ra saber a situação:
Estava quase normal,
apesar da confusão!

A mãezinha estava bem,
aquecida á lareira; 
mas os meus filhos também,
tão longe da minha beira...

Foi medonho, o temporal,
carros, casas destruídas,
prejuízos sem igual,
complicando nossas vidas!

A natureza é assim,
na sua fúria de Inverno.
Somos bonecos, enfim...
neste jogo que é eterno!

Oremos ao Criador,
nos ajude a superar...
com o seu imenso amor,
que nos deu, pra partilhar!

Arlete Piedade
 


Vendaval


 Eu fiquei na minha casa,
todo o final de semana;
para ver se o vento passa,
juntinho de quem me ama!

Estava preocupada,
sem saber da mãe idosa;
só na aldeia, mas amada
na sua casa, ditosa!

Telefonei pra o Canal,
pra saber a situação:
Estava quase normal,
apesar da confusão!

A mãezinha estava bem,
aquecida á lareira;
mas os meus filhos também,
tão longe da minha beira...

Foi medonho, o temporal,
carros, casas destruídas,
prejuízos sem igual,
complicando nossas vidas!

A natureza é assim,
na sua fúria de Inverno.
Somos bonecos, enfim...
neste jogo que é eterno!

Oremos ao Criador,
nos ajude a superar...
com o seu imenso amor,
que nos deu, pra partilhar!


 
Arlete Piedade
 
 
 
 
 
 
Vendaval
 
 
Quisemos ficar em casa
Por causa do vendaval,
Pois o vento até uivava
Pela fresta do umbral.

Sucediam-se as rajadas,
Bátegas em confusão.
Bailavam até as árvores,
Desordem em profusão.

A relva mal aparada
Ondulava ao sabor
De cada lufada de ar,
Que investia com vigor.

A chuva desgovernada
Em toda a parte batia.
Previam mesmo pior
Lá para o final do dia.

Tanto choveu, meus Amores
Na tarde triste e cinzenta!
E na hora de voltarem,
Mor cuidado me atormenta.

Saber se chegastes bem
À casa que é vosso lar,
Não tenha a chuva afectado
A família ao regressar.

Maria da Fonseca


2 comentários:

  1. Olá, Maria da Fonseca!

    Vejo que aqui mudou o figurino: temos poetisas a dobrar; em vez de um, temos dois bonitos poemas,e este post ficou a ganhar.

    Parabéns!

    Até mesmo momentos menos agradáveis da vida, podem ser transformados em linda e sentida poesia - uma forma de os suavizar...

    Obrigado pela visita, e os votos de um bom fim de semana.
    Com um abraço amigo.
    Vitor

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  2. Um resultado muito bom da dupla. Gostei.
    Fazer poesia de tudo um pouco, mesmo quando é
    algo que nos desanima.
    Gostei.
    Beijinhos para ambas.
    Irene Alves

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