sábado, 25 de maio de 2013

Ora Chove, Ora Faz Sol

 
 


Ora chove, ora faz Sol
Nesta primavera fria,
Nem escuto o rouxinol
E esqueço que sou Maria.
 
Do Minho até aos Algarves,
Um aguaceiro fustiga
As folhas novas das arves.
Não trato a chuva de amiga.
 
O céu está bem forrado
De espessas nuvens cinzentas,
Mas breve 'stará azulado
Ao se afastarem atentas.
 
Rama molhada, brilhante,
Joga ao sabor da nortada,
O Sol a impor cambiante,
Eu quedo-me enfeitiçada...
 
E logo volta a chover,
O vento norte não cede,
Vejo as flores a sofrer,
Meu poema não sucede.
 
O inverno foi embora
E não me deixou saudade.
Mas em Maio, mesmo agora,
Pouco mudou na verdade.
 
Ora chove, ora faz Sol
Nesta primavera fria.
Cante pronto o rouxinol
Pra lembrar que sou Maria.
 
Maria da Fonseca


2 comentários:

  1. Olá, Maria!

    Também acho que sim; que este tempinho nunca mais se resolve; uns dias chuva, outros sol, e ainda outros assim, assim...
    Já quanto ao cantar do rouxinol, é música que por aqui não se ouve; reina o melro madrugador a anunciar o dia que ainda vem longe - e que por vezes também me acorda,ainda que não seja por mal...

    Bom restinho de fim de semana, com ou sem sol.
    Abraço amigo
    Vitor

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  2. E parece que no próximo fim de semana volta a chuva.
    Mas a amiga tira sempre proveito das situações para
    se inspirar e escrever os seus maravilhosos poemas.
    Bj.
    Irene Alves

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